Este livro reproduz a dissertação de Mestrado de Fabíola Barros Castrillon, apresentada no Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagem da Universidade Federal de Mato Grosso. Fabíola debruça-se sobre as criações do artista transmídia Edgar Franco, também autodenominado Ciberpajé. Ela parte de uma abordagem discursiva, especialmente a partir de conceitos formulados por Paveau sobre Análise do Discurso Digital, tais como os de tecnogênero, extimidade e tecnografismos, com ênfase na análise dos avatares das suas redes sociais.
Chamou atenção da autora a relação estabelecida entre a academia — afinal, Edgar Franco é professor atuante em universidade pública brasileira — e a arte. A partir daí, dedicou-se a explorar a dimensão paratópica, tal como elaborada por Maingueneau em torno dos discursos constituintes. Nesse sentido, temos a exploração da produção artística do Ciberpajé na imbricação entre o digital e o não-digital.
Fabíola optou por analisar os perfis das redes sociais do artista e plataformas digitais assim como o modo de apresentação de si em espaços, digamos, mais acadêmicos (Lattes, assinaturas de e-mails, biodatas de artigos e capítulos de livros) a fim de explorar a difícil negociação entre o acadêmico e o artístico que funda sua produção artística. |